Pelos olhos da solidariedade | ||
A associação atende mais de 700 deficientes visuais e cerca de 100 pessoas cegas cadastradas | ||
O macaense, de 61 anos, é um dedicado trabalhador. A cegueira foi adquirida a 19 anos, por causa de um acidente de automóvel. Isso fez com que deixasse de lado a profissão de instrutor de treinamento de segurança no trabalho, para fundar a AMAC. "Minha família no começo não queria me ver de bengala. Diziam que eu voltaria a enxergar. Mas eu disse que até esse dia chegar eu iria usar sim a bengala, como os outros cegos. No começo eu tive dificuldades, batia nos postes, nas carrocinhas e tudo mais a frente", conta o sorridente Marcos. Após o convívio com outras pessoas cegas, ele percebeu a dificuldade que elas encontram para serem incluídas na sociedade. Resolveu então fazer algo para mudar a situação dos cegos do próprio município. "Conheci pessoas que não tinham nem mesmo o apoio da família para levar uma vida digna", disse. Agora ele luta pela inclusão social e cidadania das pessoas cegas. Marcos cita um trecho do poema literário mineiro, do poeta Geraldo Eustáquio de Souza, do qual é admirador. "Se você acredita que pode, poderás. Porque vontade gera energia e a disposição de fazer é o início da obra já concluída". AMAC Atualmente a associação atende mais de 700 deficientes visuais e cerca de 100 pessoas cegas cadastradas. Com o apoio de colaboradores de órgãos públicos, do comércio, e da sociedade organizada, a AMAC oferece atividades da vida diária (ADV), mobilidade e locomoção, e aula de informática através do Dos-Vox. Dispõe de um espaço - o Centro Educacional "Prof. Walter Boschiglia", onde são ministradas aulas do pré-escolar, ensino fundamental e técnica de leitura e escrita Braille. No Núcleo de Produção Braille acontece a transcrição para o sistema Braille de livros didático-pedagógicos que são aplicados no "ensino regular" da municipalidade. Evidenciando a importância de oportunizar ao deficiente visual mão-de-obra qualificada para que o mesmo possa competir no mercado de trabalho, a AMAC se propõe a prestar atendimento especializado, cursos profissionalizantes e encaminhamento de profissionais aptos para o mercado de trabalho, através da criação de um Centro de Reabilitação, Profissionalização e Convivência - CRPC. Criador Louis Braille nasceu em 4 de Janeiro de 1809, na França. Conta a história que aos três anos, ao brincar na oficina do pai, Louis feriu-se no olho esquerdo com uma ferramenta pontiaguda. A infecção que se seguiu ao ferimento alastrou-se ao olho direito, provocando a cegueira total. Em 1821, quando Braille tinha 12 anos, Charles Barbier, capitão reformado da artilharia francesa, visitou o instituto e apresentou um sistema de comunicação chamado de escrita nocturna. Um método de comunicação táctil que usava pontos em relevo dispostos num rectângulo com seis pontos de altura por dois de largura e que tinha aplicações práticas no campo de batalha. Louis Braille dedicou-se de forma entusiástica ao método e passou a efectuar algumas melhorias. Dois anos seguintes, Braille simplificou o código, desenvolveu um método eficiente que se baseava numa célula de apenas três pontos de altura por dois de largura. Em 1824, Louis Braille terminou o sistema com seis pontos. Pouco depois, ele mesmo começou a ensinar no instituto e, em 1829, publicou o seu método exclusivo de comunicação que hoje tem o seu nome. Comemoração Em comemoração ao Bicentenário do nascimento de Louis Braille, criador do sistema de leitura para cegos, e os seus 18 anos de fundação, a Associação Macaense de Apoio aos Cegos (AMAC) celebra neste dia 14 de outubro, no auditório do Paço Municipal e no Monumento a Louis Braille, das 13 às 17 horas. Durante o evento será também entregue o Título de Cidadã Macaense a Prof.ª Dorina Nowill, Primeira-Dama da Coletividade Brasileira de Pessoas Cegas, e nome de Logradouro Público ao Prof. Edison Ribeiro Lemos. Nome : Jurema Simão nº 22 | ||
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
Solidariedade
Postado por Ação Social às 19:05
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